De volta... 
                                           novas aventuras...


Faz 38 meses que não escrevo neste blog. Mas não é por falta de aventuras. Foram muitas as aventuras durante estes 38 meses, principalmente com o membro mais novo da família que já vai a caminho dos 4 anos. 
Na primeira fase destes 38 meses parei de fazer desporto, ou fazia esporadicamente, mas retomei. 
Sim, porque sou um amante da natureza e do desporto ao ar livre.
Os trilhos fascinam-me, e a adrenalina também. Então como estava na moda as corridas, nada melhor o trail running.
Um tipo de corrida bastante diferente da pista e da estrada. Os percursos do trail são técnicos, muitas vezes inacessíveis de qualquer outra forma, sem ser a pé. Zonas montanhosas com grandes declives, subidas de riachos, com fundos rochosos e com água, subida de pedras, entre outros tipos de piso com terrenos acidentados, é tudo isto e muito mais.
Fiz algumas provas e apaixonei-me pelo trail, pois já fazia BTT e o bichinho dos trilhos estava cá. Mas o facto de conseguir superar a nós próprio é motivante e surpreendente. Ir de desafio em desfio, numa superação. Não tanto para vencer o outro, mas para vencermo-nos a nós próprios. O desafio é mesmo pessoal.
Algumas provas e treinos que fiz foram marcando e algumas aventuras que já mais serão esquecidas.
Mais esquecerei o urban trail de Leiria, em que corri em plena noite, dentro do rio Liz no centro da cidade de Leiria com a imensa multidão a motivar os atletas.


Assim como o urban trail de Coimbra, em que corri em  escadas e pátio da universidade de Coimbra.


Depois de acelerar o ritmo ao longo destes 38 meses, recentemente fiz mais umas provas, que marcam e que deixam marcas tanto no corpo como na alma e na mente.
Trail de Conimbriga terras de Sicó, excelente organização e trilhos, uma manhã de Domingo bastante frio, com a noite anterior a nevar, algum receio, mas a vontade aliado á mente ultrapassou todos os obstáculos da prova.




Mas o trail Pombal_Sicó ficou bastante marcado. Sim, temos de ter regras para no dia seguinte fazer uma prova que existe muito de nós. E eu na noite anterior há prova abusei um bocadinho, festa até ás 3 da madrugada, levantar ás 6 horas, e isto paga-se caro na hora fundamental. A 1ª subida as dores começaram, devido a não haver descanso. Ritmo baixo e nos últimos lugares, estava de rastos. Ia fazendo quilometros, e a beleza da natureza ia sendo fascinante  e a motivação superava a dor.
Ao quilometro  10 apanhei um grupo de 3 corredores, e seguimos em ritmo de caminhada devido há dureza do terreno, mas logo que vimos o fotografo  as pernas ganharam outro ritmo. De 4 elementos do grupo que seguia, passamos a 2 elementos, eu e um senhor de 60 anos. Fomos conversando e correndo a um ritmo bastante elevado para mim, ultrapassando atletas até ao quilometro 15.  Aqui tínhamos um abastecimento, reabastecemos e seguimos. Mas o pior estava para chegar, uma “parede” para escalar com auxilio á corda. Ai eu avancei utilizando todas as forças que tinha. Segui sozinho por entre arvoredos até á urbanização. Faltavam poucos quilômetros para a meta, e ao fundo já se ouvia o barulho da cidade de Pombal.
Mas faltava a última subida, ir ao topo do castelo. A 2 km da meta deu-me uma cãibra. Só tenho de agradecer ao bombeiro que ali estava e que rapidamente me ajudou a recuperar durante 10 minutos.  Depois da massagem ao gémeo e de alguma recuperação segui focado só em chegar á meta. 2 kms dolorosos, ia  intercalando a corrida com a caminhada e o esticamento do músculo. A derradeira chegada á meta e a satisfação e o prazer de ter conseguido cumprir mais um desafio e acabar a menos de metade da tabela classificativa.


Desde já agradeço ao Bombeiro que me ajudou nesta prova, sem ele não teria chegado á meta.


São estes os momentos no trail que nos marcam para toda a vida.

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