A mais bela corrida do Mundo! Esta fascinante corrida tem
lugar no coração do Douro Vinhateiro, a Região Demarcada mais antiga do mundo. Património
mundial, terra de encantos mil, como perpetuou o poeta Miguel Torga, o reino
maravilhoso.
Tudo preparado e siga para o norte, e há hora de almoço de
sábado já estava a levantar o dorsal e a visitar o museu do Douro, isto para
fugir á azafama de atletas e caminhantes que iram chegar para o final da tarde.
O Ivan deliciou-se a brincar com as mascotes da corrida, o
urso vermelho e o gato.
Depois de desfrutar todo aquele ambiente e cheiros do vinho
seguimos caminho para o dormitório, mas sem antes fazer negócio com uma senhora
para trazer os famosos rebuçados do Peso da Régua.
No final da tarde visitamos o Centro do Mundo, Tabuaço,
longe da confusão dos 16000 que
estariam a chegar.
Domingo, acordar todos bem cedo para um pequeno-almoço reforçado,
a viagem de carro até Peso da Régua e a ida de comboio até á meta e os 21 km a
correr exigiam uma dose de carboidratos.
Chegando ao Peso da Régua, passeamos enquanto ia fazendo
aquecimento até há hora do comboio. Segue-se a viagem de Comboio pela margem do
Douro, uma paisagem maravilhosa.
Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as
encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico
podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis da
visão, já dizia Miguel Torga.
Na barragem de Bagaúste
estava repleta de uma cor viva, e eu tentar encontrar um amigo, e entre
aqueles atletas todos, num golpe de sorte encontrei-o. Conversámos um pouco e nem demos pelo inicio
da corrida, pois estamos a uns bons metros da partida devido ao fluxo de atletas.
Desejamos boa sorte e seguimos a passo até ter algum espaço para poder correr.
Assim que pode iniciei a minha corrida e fixei o ritmo
4:50/Km.
Em plena prova os apoiante eram bastantes e a força divina
vinha de um grupo de freiras que cantavam e um padre que instrumentalmente as
acompanhavas com uma guitarra. Fabuloso.
Tentei levar o ritmo durante os 21kms até á meta e consegui,
superei-me a mim próprio e bati o meu recorde pessoal em meias maratonas. Foi
maravilhoso correr ali.
Estas gentes encheram o Douro de sons, de garra, de vontade
e de beleza. O verdadeiro espirito de uma corrida.
Correr no Vale do Douro é muito mais que palmilhar alcatrão, é sentir a pureza da emoção a cada passo dado.
O momento de cortar a meta e de receber uma medalha de finisher é uma sensação que não tem
explicação.
Juntei-me á família que ali me esperava pela minha chegada e
tiramos umas fotos para recordação e seguimos para a viagem de regresso.
São estes os momentos que nunca mais esquecerei.
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